domingo, julho 16, 2017

Indolência absoluta

Por vezes sentia-se cansado de viver consigo próprio. Apesar de se conceder largos momentos de descanso, momentos que desejava de pasmaceira absoluta (moscas a voar, vento a passar, sol a brilhar, simplicidades deste género); ainda assim era um gajo cansativo. E cansava-se.

Que raio! A mosca levava-o com ela, o vento desarranjava-lhe a pose e o sol torrava o horizonte. Cansava-se de tanto procurar o descanso.

Este texto, inútil e desprovido de sentido, era o tipo de coisa que ele seria capaz de fazer. Tédio puro, indolência absoluta.

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