sexta-feira, novembro 27, 2015

Dúvida

Há pessoas que nunca conseguem deixar de ser tristes. Outras são más, todos os dias das suas vidas. Outras são tão boazinhas que acabam com um rótulo de "santo" colado na testa. A maioria é mistura destas três com outras tantas que atrás não mencionei.

Somos o que somos, o que fazemos de nós, o que outros de nós fazem. Andamos uma vida inteira embrulhados nos dias que vivemos, a tentar encontrar um motivo para que o tempo a rodar não nos deixe tontos nem imbecis nem demasiado qualquer coisa que não nos está a passar pela cabeça.

Há espaço para todos... quero dizer, para quase todos, porque, para assassinos não encontro razão suficiente que possa justificar o ar que respiram.

Que fazer com um assassino? Esta dúvida haverá de roer a minha humanidade durante todos os dias que levar a arrastar as botas pelas costas deste mundo.




4 comentários:

João Menéres disse...

Caro Rui

Eu distingo terroristas e assassinos, porque neste caso, há os que o são por mero azar ou por circunstâncias pontuais.

Um abraço.

Silvares disse...

Desculpe-me a insistência mas não vislumbro diferença.

rui sousa disse...

Um assassino é um problema, mas ao contrário do que muitos pensam eu não acho que os problemas são para se resolver, acho sim que devemos tentar gerir os problemas e não resolvê-los. Isto parte de um princípio mais filosófico que tem a ver com a forma como eu olho para o mundo. A história da humanidade, seja ela ideológica ou religiosa tem quase sempre um denominador comum: transformar o homem, criar o chamado "homem novo" ou "homem bom". É exactamente essa expectativa que é o motor de toda a nossa angústia e frustração. Acho que podemos transformar as sociedades, como já provamos ao longo da história, mas nunca o homem. E se calhar ainda bem, porque é através dos outros que nós nos vemos a nós próprios. Se não fossem os outros raramente pensaríamos naquilo que somos. E se calhar é isso mesmo que nos perturba tanto.

Silvares disse...

Rui, a Filosofia, em mim, fraqueja muito.