terça-feira, outubro 28, 2014

Reflexão matinal

A missão do poeta grego na era clássica seria a de educar os homens livres. A ser assim haveria uma perspectiva utilitária da obra de arte? A arte com uma função didáctica ao serviço de um regime político e de uma ideologia? A democracia grega foi entretecida com a religião e com o mito numa estranha síntese que, depois de tantos séculos, está no estado que nós sabemos.

A democracia nasceu em Atenas, cidade orgulhosa da liberdade dos seus cidadãos. Cidadãos que, na sua esmagadora maioria, se não na totalidade, possuíam escravos.

Diz o povo que "o que torto nasce, tarde ou nunca se endireita". Talvez a democracia não dispense o trabalho escravo. Talvez o fundamento da liberdade de uns seja a prisão de outros.

Disse Proudhon que "toda a propriedade é um roubo". Haverá quem possa dizer que "toda a liberdade é uma prisão"?

Isto está complicado, já me perdi. O melhor é ficar por aqui e ir comer um  pão com uma fatia de queijo e uma pequena chávena de café.

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