sábado, dezembro 15, 2012

Massacres

Os massacres de inocentes sucedem-se a um ritmo estranho nos EUA (ver aqui lista). Os assassinos, nitidamente loucos varridos, dedicam a sua fúria desconcertante para os mais variados grupos.

Em Agosto um gajo abateu seis cidadãos e feriu outros três, cuja particularidade, inquietante para a sua mente perturbada, era o uso de turbante sikh. Pouco tempo antes, em Julho, um outro maluco assassinara a tiro de metralhadora 12 espectadores de um cinema no Colorado (e feriu mais 59) que se preparavam para assistir à estreia do mais recente filme do Batman.

Os assassinos suicidam-se, são abatidos ou apanhados e condenados, isso não interessa muito para o caso. A questão é: porque acontece isto tão regularmente em território norte americano?  A resposta parece ser óbvia: porque um gajo pode ir, por exemplo, ao barbeiro e, entre um corte de cabelo e uma manicure, comprar uma arma automática com munições sem ter que explicar a ninguém o desejo de possuir tão macabro brinquedo.

É conhecido o poder dos fabricantes de armas nos EUA (se fosse só nos EUA...) e a sua inacreditável capacidade para perpetuar a venda livre de pistolas, metralhadoras e bazucas lá na terra deles. O argumento económico pesa, e de que maneira, para manter esta situação selvagem.

Tudo isto configura uma metáfora poderosa do estado civilizacional a que chegámos. A morte é fácil mas o dinheiro flui... já a vida parece demasiado cara para ser preservada. A morte é, de longe, mais barata e lucrativa do que a vida.

2 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

E mais, o direito de porte de arma está na Constituição americana!!!

Silvares disse...

Jorge, dá a sensação que a publicidade consegue inculcar nas cabeças toda e qualquer necessidade por mais abstrusa que seja!