segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Um filme dos antigos


Milk é um filme que conta uma história (Será isto digno de nota? Faz sentido esta afirmação?). Veloz e construído de forma sólida, conta com a extraordinária interpretação de Sean Penn (Oscar para o melhor actor?).

Sendo um filme biográfico centrado na figura de um activista gay, Milk acaba por constituir um hino à democracia americana. Harvey Milk nunca desiste de fazer valer os direitos da comunidade gay, utilizando todos os meios que a Democracia coloca à sua disposição, até atingir, finalmente, os objectivos a que se propõe.

O registo cinematográfico utilizado por Gus van Sant é escorreito e claro como água. No final sai-se do cinema com a sensação de que há esperança nas virtudes do sistema democrático e que, contra ventos e marés, é possível triunfar sobre as forças obscuras dos fundamentalismos mais empedernidos. Sai-se também com a sensação de que é possível fazer cinema sem grandes efeitos especiais nem explosões nem planos de centésimos de segundo montados uns a seguir aos outros numa sucessão alucinante.
Um bom filme, com um elenco excelente.

Na noite em que assisti à projecção de Milk a lotação da sala estava esgotada. Apesar de ser uma sala pequenina (uma das salas Vip das Amoreiras) é de assinalar este facto.

9 comentários:

Anónimo disse...

Paulo Freitas do Amaral é o candidato do Partido Socialista à freguesia da Cruz Quebrada e Dafundo - www.cruz-quebradaedafundo.blogspot.com

Jorge Pinheiro disse...

Presumindo que a propaganda política seja acidental, lá irei ver o filme. Esta semana foi o Woody Allen. Filme levezinho. Bom para a crise. Dá para sorrir, sem maçadas. Não se percebe como de que é que aquela gente vive, mas tb.não interessa nada!

Beto Canales disse...

é o próximo da lista

roserouge disse...

Tenho que ir ver, já ouvi falar muito bem, acho que o Sean Penn está superlativo! Eu adoro o homem!

Alice Salles disse...

Esse filme é fantástico, falei dele no meu blog também. Milk ( o homem) e Sean Penn (tambem o homem) tem muito em comum de alguma maneira. Não é a toa que Sant o convocou para o papel.

Silvares disse...

O comentário de Anónimo neste post deixa-me a pensar que, tratando-se de um link para um blogue relacionado com a candidatura de um jovem a um lugar numa Junta de Freguesia, haverá alguma relação entre o dito candidato e o outro, o do filme. Ou será mera coincidência?

Jorge, vale a pena. Independentemente do tema há a dimensão cinematográfica. Gus Van Sant já me deixou a abanar a cabeça (com Elephant, não gostei MESMO) e agora voltou a conquistar-me. É um cineasta muito versátil.

Beto, é isso mesmo, uma lista de filmes a ver! Estou com A Duquesa e O Rapaz do Pijama ás Riscas no topo da minha.

Roserouge, se adoras o homem não percas. Vais adorá-lo ainda mais (se for possível).

Alice, parece que Sean foi feito para o papel (ou vice-versa).

Ví Leardi disse...

Silvares,com Elephant também ficou um tempo na minha prateleira...suspenso...agora volta com tudo! Quanto a Sean ...simplesmente genial 99,99% das vezes..Aqui vale 2 Oscars.

Silvares disse...

Aguardemos. Essa coisa dos Oscares nem sempre parece muito justa. Ou se calhar até é!

the dear Zé disse...

vim de lá agora. Nem parece um filme do van Sant, sem aqueles exibicionismos de camara e planos rebuscado que é costume. Agora o final... não tenho a certeza se é a do triunfo dos fundamentalismos, se é a do sacrífício dos audazes. A América encontra sempre maneira de matar os que querem fazer dela um lugar melhor.
O Obama sabe disso, vê lá as medidas de segurança que o rodeiam.